quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Dança II



Dança ll

Os seus pezinhos,
Levemente flutuando
No chão, pra cá pra lá.

Encara o seu par,
Lindos olhos azuis,
Sorri, pra cá pra lá.

E o seu vestido alegre,
Valsa, nos pezinhos,
Os sapatos brancos, pra cá pra lá

Vai você valsando,
A bela valsa, estrelas no céu
Derramam-se,

Vai a orquestra no ritmo,
Vêm todos, vem salão
Pra cá pra lá.



Menina Cinderela não quer parar
Noite adentro, pezinhos flutuando
Vai brilhando estrelas pra cá pra lá.

( Rod. Arcádia)

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Dança I




Dança l


Gira, gira, o seu sorriso.
Pra lá e pra cá,
Gira, gira, o seu sorriso.
Olha os seus pezinhos
Pra lá e pra cá,
Os seus pezinhos.
Gira, gira, o par
Pra lá e pra cá,
Gira, gira todo mundo
Pra lá e pra cá,
Gira o mundo.
Gira, gira esse amor
Pra lá e pra cá,
Gira amor,
Pra lá e pra cá
Gira todo amor.

( Rod.Arcadia)

DANÇA BRANCA


Dança Branca




Dança branca,
Girando no compasso
O ritmo da melodia.

Dança branca,
Uma cortina que balança
No compasso da musica.

Os pés em movimento,
O corpo girando os braços
Descrevendo a pintura.

Dança branca,
Conquistando a neve.
Gira o mundo
Na ponta dos pés.


Dança branca,
Meu amor, dança branca.
Uma cortina que balança
No compasso da musica.

( Rod.Arcadia)
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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ela me crucificou ...



Ela me crucificou na sua cruz,
Invocou corvos a tomar minha carne,
Sugou, bebeu meu sangue como
A rainha do sabá,
Invocou deuses e deusas.

E dançou, dançou a dança,
Girando no compasso da melodia.
Gritou, gritou de gozo
E sangue, gemeu prazer infinito,
Despertando estrelas e planetas.

E tomou meu lábio e mordeu,
Sentiu meu sangue sofrido,
Minha dor, meu medo.
E com unhas, arranhou meu peito,
Feito ave de rapina e lambeu



Meu peito ferido, saciando
Sede voraz, língua felina e áspera,
No peito que sangra seu suco carmesim.
E transgrediu meu rosto poético,
Duas vezes, quatro vezes,

Chamou-me de poético amante
E mostrou seus seios,
Exibiu para o mundo.
E gargalhou, gargalhou contente
Vangloriando sua majestade.

E assim, me beijou,
Furiosa, agressiva,
Tentando absorver minha alma,
Penetrando suas unhas em meu peito,
Cantando línguas compreendidas,

Beijou-me ardentemente,
Sua presa, o poeta.
Dor, dor, deixa que penetre.
Dor, dor, sou seu e nada mais me resta.

( Rod.Arcadia)

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Calendário


Calendário

No meu calendário,
Vejo o retrato de uma moça,
Feito capa de um antigo diário.

E esse calendário, velho pelo tempo
Deixou marcas no ano que aguardei
À volta de alguém que tatuou seu corpo,

Com datas marcadas dos entes queridos,
Um calendário humano tatuado,
Na época que eu, ainda possuía sonhos.

E as folhas do calendário, o vento retira.
Voa longe, sem destino, um a um desaparecendo.
E o meu coração continua se aquecendo.

(Rod.Arcadia)

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A Musa Deitada

A musa deitada

A musa deitada, o poeta clama,
Clama que os pensamentos dela sejam dele,
E assim abram janelas para descrever a beleza.

E o poeta pincela a sua musa deitada, olhando,
Olhando num ponto fixo numa posse
Para ser descrita, fascinada e suspirada.

A musa deitada, faz o poeta suspirar,
Os olhos se encherem de brilho, assim a ninfa,
Poética mulher, soneto da beleza que canta.

Ai, admira o rosto dela, admira seus olhos,
A simetria do rosto, os lábios que o poeta ansioso
Espera um dia provar o seu gosto eterno.

Ai, musa deitada, é o esplendor, é a luz do poeta,
E assim deitada, o poeta vai descrevendo, vai compor,
Compor a beleza, a ode vai ser declamada.

Musa, fecha os olhos,
Deixe o poeta sonhar, o deixa amá-la
E durma, durma e sonhe.

( Rod.Arcadia)

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sábado, 17 de outubro de 2009

LOBA MULHER





Loba Mulher




Vem tragar seu desejo em mim,
Sou o que você bebeu, devorou
E pregou na minha pele.

E eu me deitarei, loba mulher, pra você,
Deitarei na penumbra, na maciez do seu lençol
A sua espera, a hora do amor chegou.

Vamos, nosso tempo é longo,
Fazemos dele nosso amor demorado,
Horas são apagadas da nossa mente.

Vem pra mim, no lençol,
Esse amor, fogo que reluz, ardente que queima,
Ardem peles e rasga o espaço.

Estou deitado, loba mulher,
Vem, deita no lençol, o tempo não existe,
Trago amor, trago paixão,

Vem amar, vem ser amada,
Loba mulher, nosso momento,
Ah... Nosso momento, virou poesia.

( Rod.Arcadia)

CAMA VAZIA

Cama Vazia

Eu te procurei, sim te procurei,
Busquei, procurei com os olhos.
Ah, precisa acreditar.

Eu escutei os gritos das crianças na escada,
O relógio do vizinho, tinha o cheiro de café
E te procurei, procurei em pensamentos,

Busquei lugares, pontos, recantos com a memória,
Nas mentes dos vizinhos, na musica que tocava,
Eu te procurei, na falta que fazia,

Saudade que não aquece, somente esfria.
E as gargalhadas do casal de quarenta,
O jogo de xadrez dos alemães,

Neles eu te procurei,
Busquei nas falas deles, não havia vestígios,
Nem a sua cor, nem o seu andar.

E as horas que passam, no relógio nervoso que soa,
No tenebroso tic tac martelando a cabeça,
Portas e portas, pés e pés eu escuto.

Mas eu te procuro, com minha mão,
Pra sentir, sentir sua pele,
Mas está vazia,

Aqui comigo, eu deitado, está vazia.
Viro-me de lado, no sono caio.
Está vazia, saudade vai brotar lagrimas.

( Rod.Arcadia)