quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Longos Cabelos


Longos Cabelos




Ai morena, desses cabelos
Brilhando na claridade da minha loucura,
A loucura do devaneio, assim sinto,

O perfuma que nele me atrai, me encanto
No balançar do seu cabelo, longos fios
Reluzindo na claridade dos meus olhos.

Ai morena, dos seus longos cabelos
Eu quero ver dançar, quero o vento beijar
De caricias seus cabelos feito de noite.

E eu admirador, como sou,
Vou pintando sua imagem
No agrado da minha poesia.

( Rod.Arcadia)

.

Luminosidade


Luminosidade




Vem iluminar, vem iluminar.
Vem iluminar, vem iluminar.
Luzes de néon, farol perdido no mar.

Vem iluminar, vem iluminar.
Seus olhos em mim, traga luz
Na sua luminosidade.

E dispare seu rosto de poesia,
Ilumine minha inspiração,
Gire seu reflexo, me banhe de emoções

Vem iluminar, vem iluminar,
A poesia plena, a palavra iluminada,
A luminosidade narrada nos versos.

( Rod.Arcadia)

.

Segredos


Segredos




Eu tenho segredos, segredos vivos.
Um rico tesouro nos olhos de jade.
Estão enterrados dentro de mim.

E pode perfurar, martelar,
Que não vai encontrar,
São segredos trancados,

São segredos enterrados bem fundos,
Dentro de mim, profundezas do oceano
Num deserto solitário.

E pode perguntar deles, eu negarei,
Negarei, meus segredos estão guardados,
É o rico tesouro nos olhos de jade.

Dentro de mim, oculto,
Segredos trancados,
Eu, a profundeza do oceano.

( Rod.Arcadia)

.

“Elas Trarão o Riso da Chuva”



“Elas Trarão o Riso da Chuva”





Nas mãos vazias, um pedido.
Um pedido de presente,
E o presente é o sorriso delas.

Meninas comportadas, brincando com o cabelo,
Vestido amarelo na rua de terra, ai que ternura....
Infantis bochechas vermelhas, fofinhas mocinhas.

No vestido amarelo, e vem,
Meninas a agitar brincadeiras,
Nas mãos vazias o presente

O sorriso delas na rua de terra,
Infinitos olhos azuis balançam as águas
Nas esferas de seus olhos.

E nessa brincadeira, as meninas comportadas,
Brota chuva a cair do céu,
Cai chuva feliz, cai pingo na brincadeira.

“Elas Trarão o Riso da Chuva.”
O meu presente, o sorriso delas.
As meninas comportadas e a chuva sorrindo.

( Rod.Arcadia)

.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Usurpada


Usurpada






E ela derramou desejos,
Feriu e machucou, fez adoecer corações,
Fez florescer amor febril.

E saciou da poderosa força da sedução,
Do seu olhar de mel, da boca de desejo
Que ela possui, delirou paixão.

Furtou, usurpou, violentou
Com a sua arte, roubou o coração
Através da beleza angelical.

Ai, usurpou o pobre homem,
O flagelado, o poeta amargurado,
Usurpou, fez o homem decair.

E dançou no perfume adocicado,
Lançando nos olhares de mel
A beleza angelical de uma fraternal mulher.

( Rod.Arcadia)

.

Drag Queen



Drag Queen





Então no camarim na frente do espelho
Sua pintura extravagante faz vertigem.
O show tem que continuar.

“ Like A Virgem.” Canta Madona.
E brinca pincelando o batom no lábio carnudo,
Vermelho pecado, pisca sobrancelhas.

“Like A Virgem.” Madona canta.
E a peruca crespa esverdeada se ajeita na cabeça,
O vestido rosa de bailarina,

As pernas com meias de bolinhas,
Os sapatinhos noz pezinhos, sorri,
Riso enorme, amado parece, confortado.

“Like A Virgem.” A Madona foi desligada.
O espelho marcado com a pintura do lábio.
O show tem que continuar.

( Rod.Arcadia)

.

.

Pintura


Pintura



Pintei as estradas do corpo.
Pintei as curvas dela, pintei o suor que escorria,
Pele bronzeada, perfumada loucura.

Pincelei os olhos dela, pincelei meus beijos,
Pintei minhas caricias, o meu calor por ela,
Meu conforto e o meu corpo.

E ela me purificou com a pintura,
A pintura do seu fraterno desejo,
Pincelou-me sem pedir licença.

Fui eu, assim entregue,
Assim nas caricias da pintura,
Deixei-me voar, deixei-me pintar nessa loucura.

( Rod. Arcádia)

.

Usual


Usual




De hoje em diante meu usual vai ser diferente.
Feito as crianças do ocidente,
Feito as gueixas do imperador.

Meu usual será o megafone na rua,
O discurso cuspido e vomitado,
Um mega show de banda de rock.

De hoje em diante serei a voz da inocência,
Serei a brutalidade de fechar os olhos,
Um usual caso de mim mesmo.

Um usual, uma bomba relógio,
Pronta pra explodir, um usual caso de mim mesmo,
Eu agora sou uma pagina,

O canto da sereia que enfeitiça,
Ah, serei a luz que acusa,
O remédio amargo.

De hoje em diante vou levantar,
Ser o usual de mim mesmo,
Vou singrar no mar da minha vida.

( Rod.Arcadia)

.

Versos aos Ventos


Versos aos Ventos




Versos aos ventos,
Ah, poema que gira o mundo,
Sopra palavras, magia de encantos,

Traz no peito emoção,
Faz girar carrossel, faz boca sorrir,
Ah, versos aos ventos...

Sopra no meu peito um poema adocicado,
Faz de mim um instrumento, me banhe,
Banha-me, lava-me de poesias.

Vento que sopra, ar fresco de palavras,
Versos que nascem, inspiração é a dança das musas,
É o beijo das musas, é a pintura poética.

Versos aos ventos...
Sobrevoa, bate aqui,
Aqui no meu peito, docemente.

( Rod.Arcadia)

.

Você me traz de volta as ondas,


Você me traz de volta as ondas,
A maresia, o perfume da praia,
O som das águas, o barulho do mar.

E eu como sonhador, roubo seu mundo
E a seqüestro em meu refugio
E eu que acreditava que me queria.

E não acordada, perdida,
Neste mar,
Que trazem lembranças doloridas.

E eu corria ao seu encontro
Sem encontrar no destino,
Incerto, como as folhas de outono...

Como um louco, tranquei seu mundo
E a seqüestrei para dentro de mim.
E eu que acreditava que estivesse acordado...

( Rod.Arcadia)

.

sábado, 7 de agosto de 2010

O Poeta e o Mar


O Poeta e o Mar




O mar chama o poeta
E o mar entrega ao poeta a pintura dela.
O poeta mergulha,

Nas deliciosas poesias,
São amantes, o poeta e o mar.
O poeta explora, nasce poema,
Nasce ritmo, nasce soneto.

E o mar acaricia, carinho no poeta,
Faz dele seu rei, seu rei precioso,
Vira menino abraçar o corpo do mar.

O poeta e o mar, viraram canção.
Virou canção de velho do mar,
Virou canção de pescador.

É ciranda que gira e canta.
O poeta e o mar, são amantes,
Ciranda a girar o poeta e o mar.

( Rod.Arcadia)

.

Moeda


Moeda





Com moeda comprei meu carrinho,
Carrinho de plástico, as rodas saiam,
Perdiam-se morro abaixo.

Perdi meu carrinho, caminhão passou por cima,
Chorei, ganhei outra moeda,
Comprei pipa, ai que felicidade!

Pipa no alto, eu era sorriso só.
E a pipa desfilava feita a rainha no céu,
Como o passaro liberto sentindo o agradecimento do vento.

E a pipa também perdi...
Menino mal cortou pipa e ela pedindo socorro, foi...
Sumiu perdidamente seqüestrada pelo vento.
Chorei, mas ganhei outra moeda.

Comprei bala, comprei cocada,
Comprei Maria-mole,
Ah.. Comprei brigadeiro, pé de moleque,
Fiquei lambuzado,
Uma formiguinha de dente careado.

Mamãe não gosta, reclama.
Mãe é assim, quer o filho bem.
E mamãe sabe, sou criança.

E nada melhor no mundo do que ser criança,
Lambuzar e pintar a vida,
Comendo doces para adocicar meu mundo infantil.

( Rod.Arcadia)

.

Carrossel


Carrossel




Gira, gira carrossel, gira giramundo.
Gira, giramundo do imundo ser.
Gira a alegria nos rostos dos pequeninos.

Carrossel, não pare de girar,
A bailarina não pára de rodar,
Gira no compasso o seu Quebra Nozes.

Carrossel, gira os pequeninos,
Faz o vento acariciar seus rostos,
Gira o tempo e a alegria.

Gira o passado, o presente e o futuro,
Gira as marcas, gira sem conflito.

Ah, carrossel, vai ao giramundo,
Faz meu amor feliz, gira meu amor,
Cantiga estou cantando, gira, gira

Carrossel, vai meu amor bailar,
Banhe o rosto dela com o vento do seu girar,
Carrossel, gira, gira,

Gira a vida dos pequeninos,
Gira o mundo, sustenta, vai à linha do tempo,
Carregar esperança, carregar amor.

E gira o giramundo do imundo ser,
Não termine, não acabe, vai girando,
Vai girando o meu amor nos braços da minha poesia.

( Rod.Arcadia)

.

Meu Espelho


Meu Espelho




Meu espelho, ah espelho...
Faz meu ser brilhar, faz iluminar,
Sua mágica em mim, me batiza.

Meu espelho, ah espelho...
Há um passado aí?
Há ventos do futuro dentro de você?

E você traz a verdade ou a mentira, espelho?
Você traz sorrisos ou lagrimas?
Espelho, você é mistério ou segredo?

Então traga a visão da riqueza do homem,
Traga o que o homem sempre espera,
E você sabe espelho, não deixa o homem triste.

Abra as mentiras e verdades,
Livro das vidências, tarô de vidro,
Batiza o homem com o desconhecido.

Meu espelho, ah espelho...
Sou o destino que você selou, a pagina aberta,
Ilumina sua visão, me batiza com sua mágica.

( Rod.Arcadia)

.

Solidarizo-me


Solidarizo-me





Solidarizo-me pra você, pequenina,
Meu abraço, minha proteção.

Venha pequenina, tenho a ponte arco-íris,
Tenho o caminho da fantasia,

Venha, há um mundo desconhecido, lá do outro lado,
De criaturas e mistérios, livros abertos e falantes,

Ah... Pequenina, há reis pierrôs e rainhas de pano,
Há sapos príncipes lamentando em lagoas.

Solidarizo-me, linda menina,
Eu sou a historia desse mundo,

Menestrel arlequim que dança na lua,
Sou a dança das fadas, a primaveril canção.

Venha pequenina, vem, o caminho aberto,
Vem, a jornada vai começar, o desfile vai passar.

E os seus olhinhos mágicos iluminam.
Vai o palhaço nas graças das suas cambalhotas.

( Rod.Arcadia)
.

Ébano


Sustentou minha estrutura,
Sustentou minha fraqueza,
Pesada madeira, me sustentou.

Fiz minha morada, fiz o meu castelo,
Fiz dessa madeira o ébano da minha sustentação,
Carrego meu pesado fardo.

Ébano que sustenta, erguida até as estrelas,
Morada dos deuses, aqui descanso,
Soa cântico dos louvores.

( Rod.Arcadia)