sábado, 27 de agosto de 2011

Viagem na Solidão da Aurora


Viagem na Solidão da Aurora




Eu carrego você, vem comigo,
Não há bruxas e monstros nem dragões
Para você temer e chorar.

Vem comigo, suba em mim,
Eu a conduzo com o bater de minhas asas,
Na solidão da aurora.

E ela resplandece atrás da montanha, rica
E solitária, baterei minhas asas até lá,
Na solidão da aurora,

Verá que não há perigos nem pesadelos,
Um lugar de jóias e águas cristalinas,
De arcanjos e querubins
Em harpas suaves a tocar,

Unicórnios e grifos, criaturas encantadas
Na solidão da aurora, estão lá,
Atrás da montanha, solitária.

Eu carrego você, conduzo-a,
No bater das minhas asas, vem sem medo,
Na viagem da solidão da aurora.

( Rod.Arcadia)

.

Minha Terra


Minha Terra





A minha terra tem, um cheiro de chaminé,
Um cheiro de mato, de manhã com neblina,
Tem o cantar do galo bem cedinho.

Ah... Tem o cheiro de leite saindo da leiteira,
O cheirinho de pó de café no coador
E o gostoso bolo de fubá bem quentinho.

Minha terra tem patos, grilos e rãs,
Terra boa de plantar, jabuticabeiras
E abacateiros, mangueiras e laranjeiras,

Há um lindo riacho pra nadar,
Há o verde, há a brisa boa
E o cheirinho atraente do campo.

A minha terra tem,
Terra rica de onde não saio mais,
Terra fértil que brota e gera,
A minha terra tem o bom pão de queijo.

( Rod.Arcadia)
.

domingo, 21 de agosto de 2011

Sândalo


Sândalo




E minha menina se perfumou de sândalo,
Pra ir ao baile comigo, vestiu seu vestido,
O melhor vestido, e se perfumou.

E como um casal tímido, dançamos,
Ao som puro das emoções,
No seu pescoço o sândalo, me inspirando

Devaneios, sonhos ricos de estar ao lado dela,
No seu colo o sândalo que eu respiro e devaneio,
O tempo parece diferente, um espaço emerge,

Meu mundo parece diferente e dançamos seguros,
Eu fora de mim, ela, em seus olhos,
Vejo amor, cristalino amor,

Diamante que brilha alegremente,
Em meus braços me aperta com ternura,
Somos a luz que ilumina o salão.

E somos conduzidos na fragrância do sândalo,
Na inspiração, num mundo só nosso,
No espaço criado, fora da gente,

Em doces sonhos passos flutuantes,
De olhos fechados, e eu peço, eu desejo,
Não quero, não quero abrir meus olhos, não agora...

( Rod.Arcadia)

.

Papel ao Vento



Papel ao Vento



E assim voa,
Voa na bruma da manhã,
Voa, voa no sossego.

E no corpo que voa no momento,
Entrega na beleza o tempo,
Voa, voa, na maravilha do mundo.

É um versar de amor,
Uma valsa dos cisnes em leves passos.

Ah... Há também o devaneio que embriaga
E penetra, não machuca, mas penetra.
É um versar de amor...

Que voa, voa no firmamento,
Abrindo o assobio do vento
E vai voando, voando...

Na polpa do tempo, no beijo carente,
Voando, voando na leveza,
Sem nenhum olhar decadente.

É um versar de amor,
Uma velha cantiga de infância,
É um papel ao vento, voando, voando, voando...

( Rod.Arcadia)

.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sorriso Primaveril


Sorriso Primaveril




Abram alas!
Abram alas!
O menestrel vem velejando na sua borda
A poesia lírica do seu encanto.

Abram alas para esse ser gentil,
De pura alma, de nobre emocionar
Nossa pobre gente que caminha

Na margem do perigo, da felicidade,
Do despertar, do sofrimento, dos sonhos
E dos bons caminhos que encontram.

Abram alas!
Abram alas que vem lá,
Menestrel velejando,
Trás na sua bagagem poesia boa,

Poesia boa de viver,
Trás magia, doces e travessuras,
Trás coração apaixonado,
E um pouco do tempero da vida.

Ai quem diga que bailou com o menestrel,
Suspiram em ouvidos essa estória feliz.
Há quem diga que ele é um farol iluminado
Que tem infinita claridade.

Abram alas boa gente!
Vem ele velejando num amanhecer de cetim,
Vem retirando o véu que encobre o Giramundo,
O Giramundo do imundo ser.

Vem trazer poesia de Lady Sofia e o seu despertar,
O bater do tambor que quer dançar,
Vem boa gente, abram alas,
Abram alas pra saudosa lírica!

Venha boa gente,
Pois aqui se abre o sorriso primaveril.
Aqui se abre a suave lira,
Abram alas pra ver menestrel
No rico oceano do seu poetar.

(Rod.Arcadia)

.

Pandemia


Pandemia




Meu coração geme de pandemia
Que vai se alastrando, febre consumida,
Sou eu solitário nessas margens,

Sem nenhum pegar de mão,
Sem nenhum olhar de carinho e me rastejo,
Na terra, recebendo chagas, feridas,

Pele sangrando, rastejo na terra, mãos sujas,
Brotadas de calos, marcho rastejando,
Fora de mim, sou mais um anjo caído,

De asas quebradas, ferido de orgulho,
De pandemia espalhada, fogem de mim,
Fogem de mim a linda rosa, a tímida flor,

Fogem de mim, do meu abraço,
Da minha pandemia, me deixam na margem
Com asas quebradas.

Eu me rastejo na terra,
Na pandemia do coração que geme,
Febre que consome a dor da gente.

( Rod.Arcadia)

.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Hem hem... Que Coisa Mais Linda!

(GJANE_garden girl)

Hem hem... Que Coisa Mais Linda!





Menina, que coisa mais linda seu versar,
Seu poetar é uma suave brincadeira,
Uma tarde gostosa pra nadar.

Menina, que coisa mais linda ver o tempo passar,
Deitar na grama e olhar o céu azul,
Rir a toa com o vento no rosto.

E depois correr nesses gramados verdes,
Descer os morros rolando nas travessuras
E voltar pra casa e comer bolinho de chuva.

Hem hem... Que coisa mais linda!
Seu versar é uma suave brincadeira,
Só tem começo e não fim.

( Rod.Arcadia)

.

Me Sufoca Com Seus Beijos


Me Sufoca Com Seus Beijos




Me sufoca com seus beijos,
Bem ardentes quentes e molhados,
Vem me sufoca, estou aqui,

Vem, esconda sua vergonha e me beija,
Loucamente, me tirando o calor,
Tirando-me de órbita,

Encosta-me na parede, me prenda,
Faça-me seu prisioneiro,
Vem com esse selvagem desejo, sou teu,

Eu te peço, me sufoca,
Me sufoca com seus beijos, a minha boca,
Com seus lábios doces, vem me sufoca

E aí me deixa deitado, sentindo o sabor do lábio,
Do seu lábio, me deixa deitado,
Pra que eu possa sentir seu gosto em mim.

( Rod.Arcadia)

.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

No Coração, Centelhas!


No Coração, Centelhas!




Vai coração acende a centelha,
Faz o amor festejar dentro dela,
Explode a emoção que carrego.

Segue o brilho da centelha,
Faz ela, a menina, trazer nos olhos
A paixão por mim.

Vai coração, acende, sem pestanejar,
Estou tão contente, você não sabe coração,
Aqui dentro está iluminado,

Segue o luminar da centelha,
Faz dos olhos dela raiar de amor,
Explode sem temer.

E eu fico esperando ela chegar,
Deitado, de olhos fechados em doces sonhos,
Brilhando ardentemente a centelha do coração.

( Rod.Arcadia)

.

Vespertino


Vespertino




E que chegue assim de mansinho,
Como se não quisesse nada,
Roubando-me um beijo na face
Sem remorso, sem timidez.

E que me acordasse com voz
Serena, aliviada, puxando o cobertor
E me abrisse os olhos pra ver a manhã,
Sem temer, mas com emoção.

Que abrisse a janela pra despertar
Meu vespertino dia ao seu lado,
E me desse seu bom dia,
Seu calor, sua paixão.

E assim eu te veria bonita,
Feito uma manhã azul de sol,
Juntinho de mim, acariciando
O vespertino dia ao meu lado.

(Rod.Arcadia)

.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pintura do Coração



Pintura do Coração





Pintura do coração, não arde no peito,
É uma velha canção de amor
E bate, bate coração.

Pintura do coração, um amor sorridente,
No peito o alivio, um suspiro de paz
E bate, bate coração.

Coração que canta, que ama e chora,
Coração que assobia, voa e suspira,
Coração que sonha, bate, bate e bate.

Pintura do coração, dentro de nós,
Musica suave no ouvido,
E continua batendo, batendo...

( Rod.Arcadia)
.

Asas de Cera


Asas de Cera




Em asas de cera eu voei ao seu encontro,
Um coração no peito batia forte
E eu assobiava, distraído e alegremente.

Recordei dos nossos bons momentos,
Dos lindos passeios nas tardes de sábado,
Eram carregados de magia, eram encantados.

E havia o lago e os casais felizes,
Havia o nadar dos patos, mães e filhos,
Retratos pintados em nossos olhos.

E vôo nas asas de cera ao seu encontro,
Um rouxinol apaixonado que voa,
Bate levemente em sonhos de Lisboa,

No mar que um dia devaneei em poesia.
E vou ao seu encontro amada minha,
Atendendo ao pedido do coração que te queria...

( Rod.Arcadia)

.