segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pandemia


Pandemia




Meu coração geme de pandemia
Que vai se alastrando, febre consumida,
Sou eu solitário nessas margens,

Sem nenhum pegar de mão,
Sem nenhum olhar de carinho e me rastejo,
Na terra, recebendo chagas, feridas,

Pele sangrando, rastejo na terra, mãos sujas,
Brotadas de calos, marcho rastejando,
Fora de mim, sou mais um anjo caído,

De asas quebradas, ferido de orgulho,
De pandemia espalhada, fogem de mim,
Fogem de mim a linda rosa, a tímida flor,

Fogem de mim, do meu abraço,
Da minha pandemia, me deixam na margem
Com asas quebradas.

Eu me rastejo na terra,
Na pandemia do coração que geme,
Febre que consome a dor da gente.

( Rod.Arcadia)

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