sexta-feira, 29 de julho de 2011

Em Um Dia de Verdade, Um Sonho...


Em Um Dia de Verdade, Um Sonho...





Em um dia de verdade, um sonho...
Um doce sonho...
Ah, um sonho que derrete...

É um sonho de chuva caindo sobre mim,
Lavando, banhando, retirando o peso,
Deixando-me leve, apenas um doce sonho...

Um sonho de mil olhos, que iluminam o mundo,
Um sonho de mãos, dando alivio ao coração,
É um sonho desejado, feito beijo adocicado,

Um mergulho batizado na renascença da vida.
Vão rolar na alegria do sonho, a verdade,
Renascida nos olhos da inocência.

Em um dia de verdade, um sonho...
Mil encantos demonstrados, sonhos valsados,
Um sonho carmim...

E a humanidade é feita de sonhos,
Um sonho de mil olhos, que adoçam,
Adoçam o amoroso abraço do mundo.

( Rod.Arcadia)

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Lendas

(Arte de Malu Oliveira)

Lendas





Eis que me vê velejando em areias desertas,
Tateando muralhas invisíveis nos olhos de sol.
Eis que num grito, um camaleão cruza seu rabo na perna.

Vejo lendas que dançam no subconsciente de estrelas,
São feras, femininas, são brutas, são preciosas,
São bestas, são masculinas, são diamantes.

Que em quimeras calmantes aliviam decepções
E rodopiam como dragão chinês, como o curupira,
Eles dançam num carnaval sem batuques, sem devaneios

Pra celebrar paixão de Colombina.
Ah, lendas, elas nascem nos olhos fantasiosos da gente,
Camuflam feito o camaleão arco-íris


E deitam nas areias da nossa mente.
Aí vou eu, capitão dessa miragem,
Navegador do deserto flutuante, dragão que cruza o céu,
Centauro que flecha, estrela cadente que cai no mar.

Vou velejando em lendas camaleônicas,
Em doces luas cheias, rastejando num velho cetim,
Sou a lira triste da velha rainha...

(Rod. Arcádia)

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domingo, 24 de julho de 2011

Lua de Mentira



Lua de Mentira





Lua de mentira reluz,
Um canto amargo que machuca,
Faca prateada que dança.

Essa lua de mentira lágrimas que brotam,
Rosas perdidas desesperadas de amor,
São lamento da sereia estendida nas rochas.

Ah... Essa lua de mentira, um frio que corta,
Uma geada que entristece, olhos marejados,
Lua megera, a princesa chora.

Vai, fecha seus olhos, lua,
Fecha seus olhos, a humanidade não se importa,
Fecha seus olhos, esteja solitária no céu.

Nem amantes vão celebrar, nem festejar,
Esteja na solidão dos céus,
Fecha seus olhos, sua canção não é mais ouvida.

Lua de mentira reluz,
Olhos que lacrimejam,
Brilho prateado amargurado.

( Rod.Arcadia)

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Vagabundo


Vagabundo





E sou eu a puxar as tranças da princesa,
Fazer troças da feiúra dela,
Ela me tem raiva, me xinga,

Rostinho dela parece porcelana, vermelho,
Os olhinhos de cólera, loucos de ira
E eu saio rindo, dando estrelas.

Ela vai chorar para o pai, o rei
Com seu bobo da corte, amantes inseparáveis,
Vai dizer que eu, o vagabundo, roubei seu sossego

E o rei com seu bobo da corte irá rir,
Da sorte do vagabundo, livre do peso, pássaro livre,
Sem compromissos, eu, o vagabundo, dando estrelas,

Não carrego o mundo nas costas,
Vou rindo, do rei, da princesa e do bobo da corte
E das cantigas e cirandas vou compor meu festejo,

Caçoar da tristeza rir dos tolos, fazer pirueta,
Vou dançar, bailar ao luar, na solidão valsar,
Eu, o vagabundo, sou a estrela que dá cambalhotas.

( Rod.Arcadia)
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Razão de Ser


Razão de Ser

Eu tenho razão de ser poeta,
O poeta dos mal-amados,
Dos infelizes amantes, das flores e borboletas.

Eu tenho razão pra dizer com minha poesia,
A pérola que é a esfera dos olhos dela,
Que de noite reluz duas cores.

E eu tive razão de enfeitar o meu poema
Com as esferas que chamam meu nome,
Que brilham como as luminárias do oriente.

E a razão de ser, um poeta das cores e do preto e branco,
É riscar e pincelar fórmulas de pensar e refletir,
Pensamentos que sobrevoam no oceano das ideias.

Mas quem me dera, ser a razão do poetar,
Ser o sorriso do sol e a lágrima da lua,
Ser o guia dos olhos dela.

E flutuar nas esferas iluminárias,
O meu refúgio, o meu porto,
Ser a razão da minha inspiração.

( Rod.Arcadia)

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terça-feira, 19 de julho de 2011

Inabalável Estrutura


Inabalável Estrutura




Vou fortalecer essa estrutura,
Uma poesia de chuvas e ventos,
Palavras de águas, que lavam a alma.

Vou me banhar, na estrutura,
Inabalável poesia de amor,
Mergulharei nas profundezas,

Em braçadas leves, na procura,
Na perfeição da poesia, ah, inabalável,
Ah, inabalável estrutura...

Não há mistérios e segredos,
Não há portas que não podem ser abertas,
Caminhos mostrados e seguidos,

Ah, inabalável, inabalável estrutura,
Sou o balançar do navio, seu ritmo,
Que canta na solidão do mar,

Na busca da perfeição, da poesia de amor,
Vou fortalecer de ventos e tempestades.
Ah, inabalável, inabalável estrutura de palavras.

( Rod.Arcadia)
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Chão de Giz

Chão de Giz




Ah, o meu chão de giz,
Rabisquei seu rosto,
Escrevi seu nome.

E o vento malvado soprou,
Rindo do meu trabalho, sem se importar
Com a minha razão.

Ah, o meu chão de giz,
Têm as constelações, as belas constelações
Que eu pincelei pra você,

Ah... E o vento apareceu, desfez tudo,
Meu trabalho, destruídas constelações,
Se desfazendo pelo vento malvado.

E por você eu enfrentarei, lutarei,
Contra o vento malvado,
Ah... Lutarei por você,

Combaterei as forças do vento,
Num duelo do ser humano contra a natureza,
Por você, por você.

Ah... O meu chão de giz,
Pincelei seu rosto,
Nas constelações vi brilhar seu nome.

( Rod.Arcadia)
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sábado, 16 de julho de 2011

Rolam As Pedras No Meu Caminho


Rolam As Pedras No Meu Caminho





Rolam as pedras no meu caminho,
São lagrimas, amargas lágrimas,
Machucam tanto, parecem vermelhas,

Que me cegam, que me seguram,
Fortes braços me impedem de prosseguir,
Fazem-me tropeçar, dura queda.

Rolam as pedras no meu caminho,
Não encontro você, perdido estou,
Pedras me seguram, sou prisioneiro de mim mesmo,

Criei pedras no meu caminho,
Para não chegar até você, para não ver seu sorriso,
Construí pedras no meu caminho, forte queda possuo,

Machuco-me, me firo, parecem vermelhas,
As pedras rolam,
Mas ainda busco o sorriso dela.


( Rod.Arcadia)

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Desamparo


Desamparo




Aqui, vem menina no meu desamparo,
Vem pertinho, na fragrância, o luar ascende,
Aproxima-se, estou tão triste.

Já caminhei estradas vazias com meu desamparo,
Vi loucos de amor cantar perdidamente,
Vi a lua chorar apaixonada.

Vem aqui menina, deita sua cabeça no meu peito,
Ouça o suspiro do meu coração
E ele arde, ele arde de solidão,

Ele canta o nome solidão, vem menina,
Escuta o lamento,
No meu desamparo, vazia alma,

Fechado sentimento, alma aprisionada,
Vem escutar menina o meu coração,
Meu desamparo que dói.

Aqui estou na procura do preenchimento,
Ascender da alma, minha chama que vem iluminar,
Uma faísca no fim do caminho vai renascer.

( Rod.Arcadia)
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quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Poder Que Exerce Em Mim


O Poder Que Exerce Em Mim




O poder que exerce em mim,
É tamanho, um grande conforto,
Um carinho dengoso.

E eu digo que tudo está bom,
Tudo está maravilhoso,
Em seus olhos encontrei a minha beleza.

E eu deixo que esse momento flua,
Duas almas felizes na aurora pintada
Em nossos corações, dois pássaros no fim da tarde.

Sim, somos dois pássaros no fim da tarde,
Em nosso devaneio o colorido de nós dois,
Dançando nos pequenos olhos dos amantes.
Vem, venha aqui, quero seu abraço,

O seu perfume pintando o cheiro em meu corpo,
Aqui estou pra você.
Ai...

E o poder que exerce em mim,
Um mundo se abre, a boca que deseja.
Vou devanear no oceano do seu conforto.

( Rod.Arcadia)

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Somos Todos Crianças



Somos Todos Crianças




Somos todos crianças querendo brincar,
Sonhadoras querendo ser princesas e príncipes,
Sendo modelo, sendo jogador de futebol.

Somos todos crianças querendo voar,
Criadoras de muitas fantasias, asas da imaginação
Brotando na cabecinha da gente.

E não se apagam como nuvens,
São sólidas, reais, não se quebram,
Não são feito de vidros, resistente.

Somos todos crianças num mar,
Navegantes e exploradores, temos a nossa terra
E brincamos em poças de água de sonhos,

Fazemos bolinhas de sabão, sopramos risos
Pelo ar, vento que carrega e voamos,
Ah... voamos, no paraíso de sermos crianças.

( Rod.Arcadia)

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Espelho Mágico


Espelho Mágico





Vi dançarinas no espelho,
Num lago dos cisnes,
Com elas cavalheiros de ternos azuis.

Vi um rico carnaval, desfile de mascaras,
Damas quadriculadas e Baco poetizando,
Vinho e teatro no asfalto.

Espelho mágico líquido imaginário,
O rosto da morena sorri pra mim,
Eu mergulho na poesia que nela pincela.

E no espelho ficarei, vendo esse rosto,
Que me seduziu, abrirei seu véu
E mergulharei no liquido poético dessa pintura.

( Rod.Arcadia)

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domingo, 10 de julho de 2011

Meu amor é



Meu amor é cheio de espinhos
Não tem jeito para carinhos.
O meu amor é o vinho
Que desanda em desalinho.

O meu amor encoberta de desenhos
É uma taça de vinho
Tinto protegida com carinho
Sangra vermelho seu rosto de espinhos.

E esse amor uma taça de vinho
Embebido num carinho
Enlouquecido, tatuado de espinhos,
Um quadro imperfeito de grotescos desalinhos.

( Rod.Arcadia)

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Cabeça de boi


Cabeça de boi
Cabeça que rói
Meus lindos carnavais.
Cabeça que dança
Cabeça que gira
Gira no giramundo
Rodando no infinito.
Cabeça de Taurus
Estrela no céu invernal
Cabeça de Vênus
Na areia do deserto.
Cabeça de boi
Cabeça que rói
Meu infinito balançar.

( Rod.Arcadia)
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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Charme e Dengo


Charme e Dengo




Dá-me seu corpo,
Sua boca ardente,
Seu sabor, seu adocicado prazer.

E retira minha armadura,
Minha espada e meu escudo
E me vença na sedução

Dos seus olhos carentes e
Eles parecem à pintura do mar,
O mar azul, o mar de meu bem.

Meu bem, do seu charme,
Eu quero um dengo,
Do meu dengo quero charme,

Valsa, milagres e sorrisos.
E de mil versos carentes que surgem
Na presença que fica perto do coração

Recanto esses carentes versos,
Recanto a sua beleza, faço na sua,
Meu canto poético, minha ode,

Meu barco que navega somente pra você
Sem deriva, sem mar revolto,
A você meu barco navega,

Sem tormentas, sem tempestades,
Sem ventos, o meu barco navega,
Navega ao seu encontro,

E de você eu quero dengo,
Do seu dengo eu quero charme,
Do seu charme quero dengo.

Dá-me seu corpo, sua boca ardente,
Seu sabor me dá, ó meu bem seu dengo,
Do seu charme eu quero um dengo,
Um dengo e eu trarei meu barco para sua margem.

( Rod.Arcadia)

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Café Expresso



Café Expresso




Entregue-me um café expresso,
Saindo fumaça na xícara,
Não muito amargo não muito adocicado.

Entregue-me o jornal de hoje,
Chovem noticias lá de fora, o tempo maluco,
Mudanças, saber do senado.

Vamos, coloque mais uma xícara de café expresso,
Passar o tempo assistindo o movimento das pessoas,
Meu tempo não age, não move, é uma pausa,

É um filme antigo, preto e branco,
Sem diálogos, sem ação. Meu tempo é congelado.
E a fumaça na xícara dança no ar.

Ah... traga pão de queijo bem quentinho,
O jornal nem virou na segunda pagina
E ainda tem bastante café na xícara, uma musica, por favor.

( Rod.Arcadia)

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Pretendente


O Pretendente



Em quando faço plano,
Conquistas riscadas em pedaços de papel,
Declarações separadas perdidas

Voando, roubadas ou seqüestradas pelo vento,
E do bico do passarinho um pedaço é carregado,
Para qual destino, não sei ao certo,

Nem passarinho tem destino,
Voando ave aventureira, sacia a liberdade,
Céu azul, suas asas pintam o mundo.

Eu queria ser esse pretendente,
Ter o pedaço dessa liberdade,
Arrancar do vôo rasante meu grito

E minha sede vai, saciada à vontade,
Tragar a riqueza do mundo ficarei
Embriagado no eterno berço da terra.

Deitado e adormecido,
Saciado e pretendendo,
O sorriso azul da deusa mãe.

( Rod.Arcadia)

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As Portas da Solidão


As Portas da Solidão





Ah solidão, não venha encostar-se a mim.
Se afaste, voa longe, bem longe.
Não abre suas portas.

Ah solidão, por que traz o tédio?
Há melancolia aqui dentro de mim,
Vá, aqui não é seu lugar, voa longe.

Siga solidão não abra suas portas,
Siga voando bem longe de mim,
Feche suas portas eu não quero entrar,

Vá, segue seu curso, sem olhar pra mim,
Nem olhe para trás, solidão,
Eu te sopro, tranque suas portas.

Eu sopro pra você ir com o vento.
Agora em minha morada não entra.
Fecho as janelas, não insiste em bater.

( Rod.Arcadia)
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Ela me crucificou


Ela me crucificou na sua cruz,
Invocou corvos a tomar minha carne,
Sugou, bebeu meu sangue como
A rainha do sabá,
Invocou deuses e deusas.

E dançou, dançou a dança,
Girando no compasso da melodia.
Gritou, gritou de gozo
E sangue, gemeu prazer infinito,
Despertando estrelas e planetas.

E tomou meu lábio e mordeu,
Sentiu meu sangue sofrido,
Minha dor, meu medo.
E com unhas, arranhou meu peito,
Feito ave de rapina e lambeu

Meu peito ferido, saciando
Sede voraz, língua felina e áspera,
No peito que sangra seu suco carmesim.
E transgrediu meu rosto poético,
Duas vezes, quatro vezes,

Chamou-me de poético amante
E mostrou seus seios,
Exibiu para o mundo.
E gargalhou, gargalhou contente
Vangloriando sua majestade.



E assim, me beijou,
Furiosa, agressiva,
Tentando absorver minha alma,
Penetrando suas unhas em meu peito,
Cantando línguas compreendidas,

Beijou-me ardentemente,
Sua presa, o poeta.
Dor, dor, deixa que penetre.
Dor, dor, sou seu e nada mais me resta.

( Rod.Arcadia)

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domingo, 3 de julho de 2011

Sem Compromisso


Sem Compromisso




Com você meu bem,
Nesse sem compromisso
Um samba eu vou compor.

Vou fazer refrão, tocar o meu pandeiro
Para você morena sambar
No meu salão.

Vou chamar baianas e passistas,
Comissões de frente, cavaquinho e violão,
Vou fazer desse samba sem compromisso
O meu batuque pra você meu bem.

E na minha avenida morena bonita,
Você vai sambar no refrão do meu pandeiro,
Vai requebrar seu rebolado,
Dançar no meu sambar.

Nesse sem compromisso,
Um samba eu vou compor,
Pra ver você morena sambar.

( Rod.Arcadia)

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Contentar-me


Contentar-me



Contentar-me com teus beijos macios,
Lívidos que jorram da sua boca carente.
Ah, contentar-me de sede e vontade,

Caricias transloucadas, vulcão que berra,
Ansiedade que explode e lança,
Em dois corpos, uma esfera única.


Incendeia, incendeia Vênus minha.
Somos carentes, luas solitárias,
Desertos de ilusões.

Contentar-me nesse momento é em vão,
Contentar-me de ti e de seu calor,
Inútil, inútil e tolo.

Ilumine-me, Vênus minha.
Enlaça-me no teu ventre fruto,
Devora-me na sede de suas caricias.

(Rod.Arcadia)

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Despenhadeiro

Despenhadeiro




Pularia o despenhadeiro para trazer a flor mais bela.
Pularia para ver o seu sorriso que encanta
Traria no laço o cavalo branco como as nuvens
Do céu, pularia em cacos e pedregulhos.

Pularia o despenhadeiro feito louco que sou,
Até se pudesse voaria para a lua
E enfrentaria o dragão e seu fogo,
Faria o tempo parar para voltar suas ricas memórias.

Eu pularia se eu tivesse a sua atenção,
O seu carinho, seu toque, a sua pele.
Eu pularia se eu ouvisse o meu nome da sua boca,
Faria brilhar seu rosto de alegria.

Pularia se tivesse sua atenção,
Pularia se você falasse o meu nome,
Pularia e cairia feito louco que sou,
Feito bobo que sou, bobo que sou.

( Rod.Arcadia)

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Flores, Flores


Flores, Flores




E ela veio e me deu sua flor,
Flor de amora me laçou no seu cheiro,
E com seu sorriso tímido deu-me a sua mão.

E por ruas e ruas, eu e ela caminhávamos,
Em janelas as orquídeas nos diziam um olá,
E eu de uma janela seqüestrei um jasmim,

E ela me deu um beijo em meu rosto.
Caminhamos em conversas bobas e risadas,
Vimos bem-te-vis e uma rosa que cantava.

Vimos a violeta poetizando pra um cravo sedutor,
A tulipa que chorava porque sempre era solitária
E o girassol que abria os braços para o sol.

E o nosso passeio foi assim,
Vi um mundo diferente nos olhos azuis dela,
Vi minha paixão no sorriso que veio dos seus lábios,

E ela é minha amante.
Sim, minha amante, a Primavera.
Vejo-me no mundo dos olhos azuis dela.

(Rod.Arcadia)
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