quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Coração Roubado


Coração Roubado



Desse velho desamor,
Fere um cansado coração,
É um grande coração roubado,

Roubado sem piedade,
E é dolorido, ser roubado,
Mas é ferido e dói, ah... dói

E chora, desamor, chora amor machucado,
Lagrimas escorrem, não param mais,
Caem pingos de tristeza.

E tem feridas, feridas no coração roubado,
Deixam marcas, pintadas cicatrizes,
Tudo criado pelo desamor.

Chora, chora desamor,
Pra esse coração roubado,
Sem piedade, sem amor no horizonte.

(Rod.Arcadia)

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Hoje Sonhei Com Um Anjo


Hoje Sonhei Com Um Anjo




Hoje sonhei com um anjo.
E ele bateu suas asas de querubim,
Vi seu sorriso e seus olhos azuis iluminados.

E ele me deu a mão, uma mão amiga
E me confortou com palavras meigas e calmas
E eu chorei da emoção de ver esse anjo

Que me trouxe paz, tocou sua mão em mim
Na sua benção, fui batizado, renascido
E ouvi as belas preces cantadas,

De femininas vozes angelicais,
Que lavavam minha alma, o meu ser,
Eu renasci nas preces desse cântico.

E o anjo foi subindo, o céu abriu,
Do meu quarto vi o paraíso e o anjo deu adeus
E ele voltaria, me acalmou.

E eu adormeci com o perfume que invadiu meu quarto,
Flores brancas que caiam como chuva calma,
Fui agraciado pelos sonhos de um anjo querubim.

(Rod.Arcadia)

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domingo, 25 de setembro de 2011

E O Homem Veio


(oleg zhivetin)
 
E O Homem Veio



E o homem veio das estrelas,
Criação da vontade de variantes deuses,
Veio brotar nesse planeta azul
Pra semear seu plantio.

E o homem gerou frutos abundantes
E semeou ervas daninhas, brotou sangue
E lagrimas, criou guerras e disputas,
Amargou derrotas e chorou vitórias.

E o homem veio para purificar,
Batizar e ensinar, apareceu com leis,
De sua própria tábua e papel,
Criou seu castelo de areia,

E se refugia em meras quimeras inventadas,
Quis com seu canto que o céu derramasse chuva,
Quis com sua ganância burlar as leis divinas.

Ah, e o homem veio no berço dos deuses,
Não mereceu paraíso, nem terra prometida,
Ganhou a labuta e o suor,
Gerou riqueza e miséria.

E o homem veio,
Sim, ele veio e trouxe seu despertar.
Trouxe consigo seu pesar e seu destino.
Trouxe o pincel e a poesia...


(Rod.Arcadia) 

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Improvisando


Improvisando




Improvisei meu sambinha de chuva,
No bate bate na mesinha fiz meu sambinha,
No boteco pra você fiz meu batuque

E vou improvisando no assobio minha canção,
Batendo na mesinha meu sambinha,
Vem colombina na viola dedilhar amor,

Assobiar minha canção para o pierrô
Que não quer viver de amor,
Vai batucar coração trancado.

E vou no improviso, nos versos dos lábios
Da colombina, batuco o meu sambinha
Pra ela com sua viola adocicar

E chegam foliões, chegam serpentinas,
Rodam na boa vizinhança um tímido bloco,
Vai nascendo carnaval, vão bandeiras balançar

Nesse improviso e abre alas,
O nosso batucar, no meu sambinha
Vai carnaval que o bloco ilumina meu velho desamor.

(Rod.Arcadia)

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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Por Um Beijo Teu


Por Um Beijo Teu




Por um beijo teu,
Peço-te, um beijo,
Pra aliviar, pra fechar os olhos.

Sinta o som da chuva, tão amorosa,
Ela cai tocando o solo, um beijo teu,
Na sinfonia dos pingos que caem.

E o meu desejo por teus beijos,
Só o coração pode responder,
Mas hoje ele está calado, silencioso

E eu não sei dizer essa minha vontade,
Por um beijo teu, chuva amorosa,
Parece canção de amor,

Por um beijo teu, o sol vai abrir seu sorriso,
De olhos fechados eu espero,
O sol vai nascer lindamente.

( Rod.Arcadia)

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Objeto de Cobiça



Objeto de Cobiça



Sou seu objeto de cobiça,
Do seu beijo, lábio vermelho,
Morde, morde que sou seu,

Um objeto de cobiça,
Você não vai me deixar fugir, do seu lábio,
Que é voraz que conquista meu lábio,

Assim facilmente, seu objeto de cobiça
Para o seu bel prazer e eu nem reclamo,
Deito-me preso no seu desejo,

A loucura me domina,
Não sou senhor de mim mesmo, estou entregue,
Do seu beijo, o lábio vermelho,

Do seu objeto de cobiça que sou eu,
E assim ficaremos nessa loucura animal,
Eu e você desejo que não tem fim.

( Rod.Arcadia)

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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Estrada



Estrada




Em muitas estradas que eu caminhei
Uma me leva até você,
Um caminho de ricas árvores, ar fresco...

Ventinho no rosto aliviando,
Eu caminho nessa estrada,
Ao seu encontro, em mim há saudades,

Um abraço apertado quero te dar
E um beijo pra matar essa saudade em mim
Está guardada e eu vou presentear...

Na estrada eu vou, não há pedras,
Estrada limpa, de lindas árvores, de frutos
Maduros, de gardênia e margaridas,

Aqui irei ao seu encontro,
Pra sentir seu abraço, pra ficar com você,
Juntinhos e pra sempre sempre e sempre.

( Rod.Arcadia) 

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Segredos do seu Versar


Segredos do seu Versar



Da sua boca há um silencio,
São segredos do seu versar,
Que nem o vento carrega.

Segredos escondidos, poeira silenciosa,
Sem fala, sem versos,
Segredos do seu versar, a canção dorme.

E há um poema dentro dos seus olhos,
Vejo dentro deles versos ricos,
Embriagados de luzes, versos que brotam,

Como sementes na terra,
São palavras férteis o seu versar.
E assim vão os segredos do seu versar.

(Rod.Arcadia)
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sábado, 10 de setembro de 2011

Vem Menina



Vem Menina




Vem menina no seu carnaval,
Balançar seu rebolado,
Escuta a batida do tambor.

Vem aqui menina, mostra teu rebolado,
Aqui tem pierrô querendo o seu amor,
Ele fica caído chorando por você.

Vem, vem dançar, balança teus cabelos de mel,
Faça nossos olhos brilharem de alegria,
Vem que a musica está querendo o seu charme.

Vem menina, vem nos braços desse velho pierrô,
Que suspira, vem dançar seu rebolado,
O nosso carnaval está apenas começando.

( Rod.Arcadia)

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Trazendo a Tona



Trazendo a Tona



Trazendo a tona vi um oceano de escolhas,
Escolhas que navegavam,
Mar de vantagens eu mergulho.

Trazendo a tona um tambor bateu
E bateu forte dentro do meu peito,
Abriu-me meu pequeno momento,

Meu pequeno momento onde eu era um passarinho
E voava, feliz eu voava na metrópole,
Nos arranha-céus da cidade que dorme.

Ah, um passarinho trazendo a tona,
O meu vôo, o meu cantarolar, meu devaneio,
Sigo a melodia do mundo.

E vai tambor bater, contando o meu desejar,
Meu peito aberto esperando por ti,
Trazendo-me à tona o meu poetar.

(Rod. Arcadia)

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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sob o Sol



Sob o Sol



Vi figuras abstratas desfilando no céu,
E eu estava sob o sol, em meus olhos,
As asas de Ícaro derretiam,

Feito as pinturas de Dali
Derretiam sob o sol um orgulho ferido,
Uma imagem surreal e o meu rosto feito vertigem

Num espelho derretido, era um louco que sorria,
O rosto da sereia que se desmanchava na mão,
Sob o sol nada existia, figuras dançavam

Nos olhos da mente,
Até um amor que eu possuía,
Seu nome era Realidade, se desfez,

Sob o sol esse amor se desmanchou,
Mas eu vi um lindo sorriso, um lindo adeus
E a Realidade, esse amor se desfez pra mim.

( Rod.Arcadia)

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Tão Próximo


Tão Próximo




Estava tão próximo de você que o tempo parou,
Tudo deu pausa, então te peço um beijo,
Um único beijo,

Um beijo menina, de inocência,
De pecado, de timidez, um beijo
Seu menina, porque o tempo parou.

E assim, tão próximo, nós tão próximos,
Um beijo não arranca pedaço.
Ah... Apenas um beijo, menina,

De olhos fechados, tímido,
Talvez safado, calmo,
Um beijo só, tão próximos que nós estamos.

Aqui menina, um beijo de cinema,
Estamos tão próximos, eu desligo as luzes,
Coloco sua canção de amor predileta,

Pra você me beijar, vem menina,
Antes que o tempo volte e tudo se acabe
E a magia fica sem graça feito a vida real...

( Rod.Arcadia)
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