domingo, 27 de junho de 2010

Tristeza Malmequer


E que navegam meu pranto ardente,
Meu gemido vermelho da minha boca que queima
Me despedaça vidraça de mim, me rasga feito pagina

Morada de traças e jantar de cupim, voa,
Voa longe do meu bem-querer, que te machuca,
Que te maltrata sem pudor, fuja de mim,

Num oceano sem fim, num horizonte mais alegre,
Dos meus braços que são sua prisão,
Cala-me do meu pranto seu silencio frio,

E me canta tristeza malmequer,
Ciranda desafinada, temporal sem cor.
Nos olhos da tristeza, vai navegando teu pesar em mim.

(Rod.Arcadia)

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário