quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Arcádia






“Et in Arcádia ego.”




Ardia no peito o poema
Nobres românticos desfalecidos
Gemendo no chão da discórdia.

Ardia no peito o fracasso
Nobres senhoras desfalecidas
Nos subúrbios das casas de concórdia.

“E no paraíso estou.” Dizia o pastor.
E na Arcádia dos radiantes poetas
Espectros de musas a desfilar.

Gemem como sirenes preocupadas
Dançam nos holofotes dos esquecidos
Gelam os corpos dos boêmios.

“E neste paraíso estou.” Disse o poeta.
Na Arcádia dos necessitados por poesia
Na alcova dos beberrões.


Ardia no peito a utopia
Que infinidade esperança
Tão longe, distante, perdida.

Emaranhado de utopia
Gente perdida e sonhadora
Poetas nos salões da Arcádia.
“E no paraíso estou.” Dizia o pastor.

( Rod.Arcadia)

Um comentário: